O autor convida à leitura do livro que retoma a ideia de inserção internacional autônoma da Política Externa Brasileira no início do terceiro mandato Luiz Inácio Lula da Silva. Visto que continua atual o Trabalho de Conclusão de Curso que lhe deu origem para a obtenção do grau de especialista em Relações Internacionais. E assim acompanha o entendimento de estudiosos sobre o elo de continuidade entre a Política Externa Independente da década de 1960 e aquela ministrada pelo atual governo. A conclusão é de que houve continuidade na condução da Política Externa Brasileira. E as interrupções, quando existentes, foram pontuais, não sendo consideradas rupturas paradigmáticas, mas diferenças de ênfases nessa trajetória. Esse continuum pôde ser constatado já que eventuais variações — notadamente as de conteúdo político-ideológico e as decorrentes da própria dinâmica do ordenamento mundial — foram circunstanciais e não tiveram o condão de mudar radicalmente o conteúdo ou as bases principiológicas de nossa tradição diplomática. Assim, as alterações, tanto domésticas quanto do cenário internacional, ao término da Guerra Fria e sobretudo as do Terceiro Milênio, se não tiveram o condão de mudar drasticamente seus rumos, ao menos atualizaram os posicionamentos do Brasil na geopolítica contemporânea. Mais que perfunctória, portanto, o livro se presta a fazer uma análise comportamental a fim de constatar um padrão a ser verificado. Essa é, então, a mensagem que se quer passar.