«Qualquer hipótese explicativa do que sucedeu a 13 de outubro de 1917 deverá partir das testemunhas oculares. E, quanto mais variadas forem, no que toca à idade, à sua formação intelectual, às suas convicções religiosas (ou à ausência delas), aos seus locais de pro-veniência, tanto melhor no sentido de se chegar a um retrato o mais aproximado possível do que foi observado. Apenas conhecendo e compreendendo o que foi observado se poderá proceder à tentativa de explicar o que foi observado. Qualquer tentativa de explicar o fenómeno sem antes estudar o que dele disseram as testemunhas oculares está votada ao fracasso. Mais ainda, o exercício de analisar se um fenómeno empírico que aconteceu no passado constitui ou não um milagre deve ser feito de forma metódica, começando por aferir os factos usando as ferramentas da História.