O clima escolar pode ser compreendido como um conjunto de percepções que as pessoas têm referentes à unidade escolar, ou seja, aos fatores relacionados à organização, às estruturas pedagógicas e administrativas e às relações interpessoais que ocorrem no ambiente escolar. Este estudo tem como o objetivo analisar as diretrizes contidas nos documentos da rede de ensino de São Caetano do Sul e as percepções dos diretores do Ensino Fundamental dos anos iniciais, de escolas de período integral, sobre o clima escolar. A pesquisa adotou metodologia qualitativa, baseada na análise de documentos e na pesquisa-ação colaborativa. Os resultados mostraram que a cidade não dispõe de um documento para nortear o clima escolar. Aqueles que existem apenas tangenciam o tema e não são percebidos pelos diretores como uma ferramenta para auxiliar no trabalho. Os diretores compreendem o clima escolar como algo positivo, mas não têm conhecimentos sólidos sobre ele. Nesse sentido, os gestores apenas indicaram algumas questões de forma mais intuitiva. A maior parte do que conhecem sobre o clima é senso comum e está nas narrativas presentes no cotidiano escolar, o que pode ser considerado, de fato, um bom começo para que um trabalho possa ser realizado. Esses profissionais realizam muitas ações para manter e melhorar o clima escolar em suas escolas, mas elas são muito mais intuitivas, e não aparecem sob a forma de projetos sistêmicos.